Nova agressão homofóbica no Baixo Augusta
Estudante foi agredido com garrafada por grupo de skinheads na esquina d´A Loca.
Um estudante homossexual
assumido, 27 anos, morador da zona Oeste da capital paulista, registrou
boletim de ocorrência afirmando que ele e um amigo foram vítimas de
ataque de motivação homofóbica na madrugada do feriado de terça-feira.
Desde novembro é o quinto caso de agressões
homofóbicas registrado na região da Paulista/Augusta, a mais central e
frequentada por homossexuais em São Paulo.
Por volta das 4 horas, o estudante (que
preferiu não revelar nome) e um amigo subiam a Rua Peixoto Gomide,
próximo à Rua Frei Caneca, ao lado do clube A Loca, quando levou uma
garrafada no rosto, próximo ao olho direito. Seu amigo levou um soco no
peito e afirma que os agressores tinham cabeça raspada, tatuagens e
vestiam preto, sugerindo que seriam skinheads.
O estudante é casado na Alemanha, país que
permite a união entre pessoas do mesmo sexo, e afirma que o ataque teve
motivação homofóbica porque é facilmente identificável como homossexual.
Após a agressão, ele sangrando foi ao posto
na esquina de Augusta e Peixoto Gomide e não foi atendido pelos
funcionários. Seu amigo tentou ligar para a polícia, mas não foi
atendido. Foi então a hospital e recebeu um curativo.
No dia seguinte foi ao 4.º DP e foi
orientado a ir à Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância
(Decradi) que naquele dia não estava funcionando. O boletim de
ocorrência só foi feito na quinta-feira quando foi à delegacia com o
advogado Paulo Mariante, do Grupo Identidade de Campinas. Seu amigo fez
um BO pela internet.
Nenhum comentário:
Postar um comentário