Atitude LGBT Social

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Por : Hélio Filho
Sargentos gays criam ONG para amparar jovens expulsos de casa Casal de sargentos vai montar ONG em Brasília para acolher também militares gays
Laci (esq.) e Fernando querem amparar jovens expulsos de casa
Laci (esq.) e Fernando querem amparar jovens expulsos de casa
Depois do bafo que deu terem assumido seu relacionamento dentro do Exército Brasileiro, o casal gay formado pelo sargento Laci Marinho e pelo ex-sargento Fernando Alcântara decidiu que vai montar em Brasília uma ONG para ajudar a acolher jovens expulsos de casa, homossexuais ou não, e militares que estejam sofrendo pressão por sua orientação sexual. A ideia já foi oficializada na capital federal no último dia 1º, Dia Mundial de Luta Contra a AIDS, e a inauguração do espaço está marcada para janeiro de 2010.

Em conversa com o Mix, Fernando revelou que objetivo da entidade é acolher, mediante uma entrevista prévia, inicialmente em uma casa no Lago Sul, em Brasília, 30 jovens de todas as orientações sexuais. “Mas a regra da casa é clara: se você é hétero e não se sente bem com os gays pode sair”, define. Com o nome de Abrigo do Ser, a nova ONG vai oferecer além de abrigo três refeições diárias, acompanhamento psicológico, jurídico e assistencial e a liberdade de não ter horários de entrada ou saída para os jovens.

O acompanhamento psicológico vai ser garantido por uma parceria entre a ONG e o Movimento Manicomial do Distrito Federal, que vai oferecer também serviços médicos e odontológicos em geral. Já o jurídico vai ser feito por três advogados voluntários de Brasília. Os recursos necessários para manter os serviços serão garantidos por meio de parcerias já firmadas com uma entidade da Inglaterra e outra da Espanha, ou seja, sem dinheiro público “para não se alinhar à postura política do governo”.

Fernando lembra ainda que a ideia inicial era montar uma ONG para amparar homossexuais dentro das Forças Armadas - se espelhando em seu próprio caso. “Mas ficou bem difícil porque armário é bem grande e não deixa os militares saírem de lá”, lamenta o ex-sargento. Mesmo assim, militares que estejam sofrendo por sua orientação sexual podem procurar refúgio no Abrigo do Ser e evitar o que Fernando chama de “coisa recorrente”: o suicídio motivado por esse preconceito.

Para saber mais você pode acessar o http://institutoser.ning.com/.

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