Deputado quer saber destino dos dízimos das igrejas
O deputado Ronaldo Fonseca (PR-DF) é quem
está arregimentando apoio para invalidar a portaria. Um de seus
argumentos é de que a concessão do benefício fiscal é uma exceção, como
se os homossexuais fossem cidadãos especiais, o que é ilegal porque a
Constituição estabelece que todos são iguais perante à lei. Ele disse
que vai convocar o ministro Guido Mantega, da Fazenda, para tentar
convencê-lo a recuar da medida.
Wyllys disse que também vai usar a
ilegalidade e a exceção para questionar o regime fiscal privilegiado das
igrejas. “Posso também exigir do ministro uma explicação por que as
igrejas não prestam contas à sociedade. Se os partidos políticos
prestam, por que igrejas não?”. Para Wyllys, a articulação dos
evangélicos é homofóbica. Ele vai se reunir como lideranças que defendem
as causas dos homossexuais, como a senadora Marta Suplicy (PT-SP), para
organizar a reação aos evangélicos.
Fonseca, que é também pastor da Igreja
Assembleia de Deus, disse que não aceita que o benefício aos gays seja
aprovado apenas por uma “canetada”. “Tem de haver debate”. Wyllys
rebateu dizendo que a imunidade fiscal das igrejas também tem de ser
questionada.
Fonte: Congresso em Foco
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