Atitude LGBT Social

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Deputados criticam vídeo contra homofobia do MEC

 



Ainda não finalizado pelo Ministério da Educação, um material didático sobre homofobia a ser distribuído em escolas de todo o país já está causando polêmica no Congresso Nacional. Trata-se de um conjunto de vídeos que deverá ser levado a 6.000 escolas de ensino médio. O material ainda está em fase de finalização e, antes de ser distribuído, será avaliado por especialistas chamados pelo MEC e por uma comissão da pasta.

A reportagem viu três dos cinco filmes - dois ainda não foram finalizados. Um deles conta a história de uma aluna travesti que sofre preconceito e quer ser chamada por seu nome de mulher e poder usar o banheiro feminino. Outro fala do relacionamento amoroso de duas meninas que sofrem preconceito no colégio - a história termina com um abraço e um pedido de namoro no pátio. E outro fala do jovem Leonardo, que descobre no ambiente escolar que pode se apaixonar tanto por garotas como por rapazes.

Reações
A primeira reação à iniciativa ocorreu ainda no ano passado, após parte do material ser exibida, pela primeira vez, para uma comissão na Câmara. Em discurso no plenário, o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) disse que os vídeos davam “nojo”. “Esses gays e lésbicas querem que nós [heterossexuais], a maioria, entubemos como exemplo de comportamento a sua promiscuidade”, afirmou.

A polêmica chegou à bancada religiosa. O deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) disse que pretende se reunir com parlamentares evangélicos para, só então, decidir o que fazer. Ele ressalta que ainda não viu os vídeos, mas diz que, pelos dados de que dispõe, trata-se não de combate à homofobia, mas na verdade de um material que faz apologia à homossexualidade diante dos adolescentes.

Diante da polêmica, o MEC rebate essas acusações e afirma que a função da pasta é garantir o direito à educação de todas as crianças e adolescentes, independentemente da orientação sexual. “A escola tem que ser um lugar de pertencimento”, diz Rosilea Wille, coordenadora de Direitos Humanos da Secretaria de Alfabetização e Diversidade do ministério.

Fonte: Folha de S.Paulo via http://www.tadashihp.com
 
 
http://quintadiversidade.blogspot.com
 

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