Atitude LGBT Social

quarta-feira, 9 de março de 2011

Rapaz gay é espancado por segurança policial em bailão em Joinville
- Rapaz gay é espancado por segurança policial em bailão em Joinville

Por redação

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Diego Almeida Nascimento, 19 anos, registrou queixa nesta segunda-feira de Carnaval após ser expulso e espancado por seguranças no bailão da Sociedade Ponte Preta, no bairro Paranaguamirim, em Joinville na madrugada deste domingo. O rapaz alega que estava dançando com outro gay quando foi abordado por seguranças, que disseram que o comportamento era inadequado para o local. “O segurança chegou para nós e disse: “veadinho você não pode dançar assim. Aqui não é um local gay”. Então eu pedi para falar com o gerente. Questionei o preconceito e disse que tinha muitos homossexuais ali. Ele mandou os seguranças me colocarem para fora e os três me espancarem", afirmou a vítima para a o jornalista Windson Prado do Jornal Notícias do Dia da Rede Independência de Comnicação – RIC Record.

Para o jornalista, os administradores do local alegaram que a agressão foi fora do estabelecimento, e que ele até poderia dançar com outro homem, se estivesse vestido de mulher. “Recebemos todos os tipos de gente aqui, até travesti. Elas dançam com todo mundo e se divertem. Agora este menino veio querendo dançar com outro amigo. Ai não dá para aceitar né. Se ele tivesse vestido de mulher tudo bem”, opinou Terezinha Elizete Becher, sócia e administradora do clube. Valdecir Becher, esposo de Terezinha, explica que o local é um ambiente familiar e que gays tem locais apropriados para dançarem juntos. “Nosso salão é familiar, não pode ter dois homens dançando junto. Se ele quer dançar com outro rapaz, eles que vão para uma casa gay. Na sociedade não pode", defende. Segundo o casal, o rapaz foi alertado de que não poderia dançar com outro homem no local e ficou agressivo com Valdecir, por isso foi colocado para fora. O casal afirmou ainda que tem policiais trabalhando de segurança no local, o que é ilegal.

“Foram os PMS que bateram nele", afirmou Valdecir. Diego ficou com escoriações na face, nos braços e nas costas. Ele foi agredido por três homens e seus amigos o socorreram ao perceber que Diego desfaleceu. Uma das pessoas que socorreram o rapaz também foi ferido. O garoto foi levado ao hospital onde foi feito raio x e curativos. Antes, o rapaz procurou a delegacia Central onde foi negado o registro da ocorrência, que deveria ser feito no bairro mais próximo do local da agressão. “A gente vai em um lugar para se divertir, paga a entrada e apanha de graça. Foi um crime de homofobia pura. Eles me bateram por eu ser homossexual e estar dançando com outro homossexual”, denuncia o rapaz.

Foto: reprodução Tribuna do Povo/RIC Record

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