Ao sair de festa em Palmas, estudantes são agredidos com socos e pauladas: homofobia teria motivado ataque
Neste domingo, 17, os estudantes Larissy Saraiva
Gomes Borges, 22, e Vinicius Cadore Castro, 21, foram agredidos com
socos e pauladas ao sair de uma festa no Espaço Cultural em Palmas por
seis rapazes. Em entrevista ao Site Roberta Tum na tarde desta
segunda-feira, 18 os jovens disseram que a agressão começou sem nenhum
motivo, e que o crime teria sido motivado por homofobia. As polícias
metropolitana e militar estavam presentes e segundo as vítimas não
tiveram ação. Vinícius Cadore recebeu um golpe na cabeça e recebeu
quatro pontos.
Da Redação
Larissy Saraiva Gomes
Borges, 22, estudante de direito da Faculdade Objetivo, e Vinicius
Cadore Castro, 21, estudante de artes pela Universidade Federal do
Tocantins, foram violentamente agredidos com socos e pauladas por seis
rapazes ao saírem de uma festa no Espaço Cultural em Palmas neste
domingo, 17. Segundo as vítimas, eles procuraram as polícias
metropolitana e militar que estavam presentes e não receberam nenhuma
assistência. Um policial militar identificado como Oséias teria
respondido: “é isso que dá encher o c... de cachaça e ficar na festa até
tarde”, e se recusado a prestar socorro.
Segundo os estudantes, a violência física e verbal
teve dois momentos. A princípio um único rapaz teria empurrado Vinicius,
e o agredido com palavras de baixo calão, relativas à sua orientação
sexual. Quando Larissy se aproximou para entender o que estava
acontecendo foi agredida no rosto com um soco, caindo no chão. “Depois
que ele me agrediu e também agrediu o Vinicius, chegaram uns amigos
nossos e ele foi embora. O nome dele é Rafael Nunes”. Larissy
identificou o agressor através uma rede social na internet.
Segunda agressão foi feita em grupo
Vinicius Cadore conta que ao tentarem ir embora do
local, quando já estavam se aproximando do estacionamento, Rafael Nunes
chegou na companhia de mais cinco homens que portavam pedaços de pau e
espancaram os jovens. “Eles bateram muito na gente, bateram muito mesmo,
eu não me lembro de quase nada porque bateram com um pau na minha
cabeça e eu perdi a consciência. Eles bateram muito na Larissy, bateram
em uma mulher”, enfatizou. Larissy teve seu rosto machucado após vários
golpes e recebeu um corte no supercílio, já Vinicius teve quatro pontos
na cabeça e várias escoriações pelo corpo.Durante o espancamento, os
agressores voltaram a agredir verbalmente Cadore com as alcunhas de
"bicha", "veado", entre outros adjetivos.
Após a abordagem brutal dos seis rapazes, os
estudantes conseguiram se livrar das agressões e encontraram policiais
da Guarda Metropolitana que “disseram apenas para ligar para o número
190 da Polícia Militar”. Ainda segundo as vítimas, mais tarde eles
encontraram policiais militares, e que além de não prestarem socorro um
policial os insultou. “O policial que tinha o nome de Oséias na farda
disse que era isso que dava encher o c..de cachaça e ficar em festa até
tarde”, conta Larissy.
Pena é leve
O Site Roberta Tum acompanhou os
estudantes durante o registro de queixa no 1º DP da Polícia Civil, e ao
entrevistar o escrivão Jerônimo Pereira informou que esse tipo de
agressão caracteriza crime de menor potencial ofensivo e que as penas
para o autor da ação são leves, podendo variar entre a prestação de
serviços sociais até o pagamento de cestas básicas. Rafael Nunes será
intimado e uma representação criminal será registrada contra ele, que
terá de prestar depoimentos.
PM desconhece reclamação
http://robertatum.com.br
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