Atitude LGBT Social

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Jean Wyllys lembra caso Alexandre Ivo e fala sobre homofobia na Comissão de Direitos Humanos (06-04-2011) O Deputado Jean Wyllys lembrou, durante reunião da Comissão de Direitos Humanos na tarde de hoje, do caso do jovem Alexandre Ivo, que foi brutalmente assassinado aos 14 anos na cidade São Gonçalo, Rio de Janeiro. Segundo o deputado, o assassinato de Alexandre, que foi uma das cerca de 200 vítimas de crimes de ódio em 2010 de acordo com estatísticas levantadas pelo Grupo Gay da Bahia, representa a importância da criminalização da homofobia. “O que está em jogo é a dignidade da pessoa humana”, diz o deputado. “Houve quem chamou as reações dos 22 deputados que entramos com uma representação contra o deputado (Jair) Bolsonaro e da sociedade civil como fascismo do bem. É lamentável porque, nessa situação de encruzilhada em que nós temos aí a defesa da liberdade de expressão, não podemos esquecer que o principio norteador da Constituição de 1988 é a dignidade humana”, continuou Wyllys. Sob aplausos de representantes de vários segmentos da sociedade civil, que, levando faixas de protesto contra o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) lotaram a Comissão, o deputado resgatou a história de Alexandre em retaliação aos comentários homofóbicos e racistas de Bolsonaro. Para Wyllys, declarações como as do deputado, além de atualizar a memória do povo brasileiro em relação à incoerência da escravidão, são um afronto aos direitos humanos de cidadãos e cidadãs. “O direito inalienável à vida inclui o direito à educação, alimentação, saúde de qualidade, ao emprego, à moradia, à segurança, e o direito a expressar publicamente sua identidade de gênero, sexual e ética sem ter sua dignidade humana violada”, disse. Segundo Wyllys, Bolsonaro insiste em incitar o ódio contra os homossexuais, pois sabe que a homofobia “goza de maior aceite pela sociedade” e sabe que a maioria se silencia em relação à violência contra homossexuais. A ministra de Direitos Humanos, Mária do Rosário, argumentou que muitos usam o fato de no Brasil não existir uma lei especifica contra a homofobia para continuarem impunes com seus discursos homofóbicos. “Se não tivermos um país livre dessa lógica, não teremos um Brasil digno de todos brasileiros e brasileiros”, concluiu. Após ser acusado de racismo e homofobia depois de sua participação no programa “CQC”, que foi ao ar segunda-feira (28), Bolsonaro disse que não quis ofender a cantora Preta Gil, mas manteve declarações homofóbicas. .
 http://jeanwyllys.com.br

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