Atitude LGBT Social

terça-feira, 17 de maio de 2011

Bolsonaro ameaça, mas desiste de provocar gays em assembleia na Câmara

Bolsonaro ameaça, mas desiste de provocar gays em assembleia na Câmara

Ferrenho adversário de movimentos homossexuais, o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) ficou às portas da 8ª Assembleia pelos Direitos LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros), realizada nesta terça-feira (17) no Congresso, mas desistiu de encarar os ativistas alegando não ter convite.
O deputado, ex-militar que recentemente distribuiu cartilhas anti-gays em escolas do Rio de Janeiro, chegou a pedir para  jornalistas que intercedessem junto à organização do evento para que ele pudesse entrar no encontro. “Se eu entrar lá sem convite, vai ficar parecendo provocação”, disse.
Mesmo assim, de onde estava, ele aproveitou para reforçar declarações polêmicas e atacar o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), que implementou uma agenda anti-homofobia que inclui distribuição de cartazes e autorização para que bombeiros e policiais participassem fardados da Parada Gay – esta última proposta foi minimizada pelo peemedebista hoje.
“Ele (Cabral) vai fazer o quê? Criar o 'Batalhão 24'? Então cria e bota o nome de 'Batalhão Sérgio Cabral'”, afirmou Bolsonaro.
O deputado sacudiu diante das câmeras um caderno com temas homossexuais, como uma capa com as cores do arco-íris, que teria sido entregue a ele em uma escola carioca. “No meu tempo, tinha bandeira do Brasil e o Hino atrás. Que diferença. Será que os filhos do Sérgio Cabral estudariam com cadernos assim”.
Segundo o ex-militar, não se pode deixar que "esse bonde" atropele "nossas crianças" com essa "pornografia". "Se defender a família é homofóbico, eu sou homofóbico com todo prazer. E vou até fazer uma camiseta com isso.”
Bolsonaro ouviu alguns protestos de pessoas que participavam da assembleia. Respondeu a apenas um deles, que falava dos homossexuais mortos em crimes de ódio. “Muitos desses, estão mortos por dividir seringa, em lugares do baixo meretrício. Não venham se vitimizar. Vocês não têm nada a oferecer à sociedade", complementou.
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